É PRECISO IR ALÉM...
exemplos concretos de como o perdão, o amor e a justiça podem ter seu espaço se nosso pensamento e nossas atitudes forem mudando. MEDITAÇÃO Muita coisa neste mundo depende da atitude humana. A crítica que Jesus faz é sobre as atitudes que discriminam, anulam e destroem o verdadeiro amor e o verdadeiro respeito. Desde sempre foi assim. A história da salvação é plena de exemplos e momentos onde o povo disse ser fiel a Deus, mas com as atitudes faziam exatamente o oposto. Para melhor entender, refletir e rezar os textos deste Domingo é bom começar pela Segunda Leitura naquilo que fala sobre a sabedoria. Muitas vezes a nossa compreensão de sabedoria esta relacionada às ideias que nos permitem compreender e intervir sobre a realidade que nos cerca, portanto a sabedoria como pura inteligência. Mas a sabedoria que fala o Apóstolo Paulo é de um outro tipo: é aquela que vem da cruz de Cristo e de seu sacrifício de amor. Mesmo para o mais inteligente deste mundo, dar a vida por alguém tem alguma coisa de “ilógico”, ou de loucura, algo que foge a compreensão do pensamento. Somente através do dom, da graça do Pai em nossa vida, é possível compreender e receber a sabedoria que vem de Deus. Impressionante são também as antíteses proclamadas por Jesus no Evangelho e que tem, a primeira vista, um caráter bem polêmico, a começar até mesmo pela introdução: “Vocês ouviram o que foi dito aos antigos”. Jesus se refere aqui aos que haviam recebido a Lei de Moisés no Monte Sinai. Portanto Jesus não critica o mandamento recebido, mas sim o como ele foi transmitido ao povo ao longo do tempo do Antigo Israel. A origem divina da lei é inquestionável para Jesus, mas a interpretação realizada no decorrer dos tempos, esta sim, precisa ser revista. Jesus coloca um contraponto ainda mais radical e que está mais plenamente em conformidade com o querer de Deus. O que Jesus faz ao proferir estas palavras, dentro do contexto do Sermão da Montanha, é dizer que é preciso interpretar a lei a partir de uma perfeita sintonia com o Deus da vida, isto é, a partir da misericórdia, do amor e da aliança, dimensões estas que haviam sido esquecidas pelas autoridades que interpretavam a lei. Diferente do que podemos pensar Jesus não se coloca na contramão do Deus do Antigo Testamento, mas penetrando a centralidade de cada mandamento, revela o lado mais profundo de cada um e extrai dali um sentido novo que até então não se lhe havia atribuído. O pensamento de Jesus supera o lado puramente interpretativo da letra dos mandamentos e revela o verdadeiro espírito que se faz necessário para vivê-los plenamente. Fazendo isso Jesus revela também o “rosto” verdadeiro do projeto de Deus para a humanidade. É interessante refletir no como termina o texto do Evangelho. Há neste final um apelo em favor de uma sociedade de transparência e de honestidade, pois só se pode dispensar a garantia do juramento, quando não há dúvida que todos falam e vivam a verdade na sua plenitude. Para participar da construção do Reino de Deus, vejam bem, da construção do Reino, é preciso que a nossa justiça vá mais além daquela que ouvimos falar. Ir além é o desafio para todo o cristão também nos dias de hoje. ORAÇÃO Pai, guiado pelo ensinamento de Jesus, revela-me sempre o Teu querer e livra-me de qualquer impedimento que eu possa colocar para bem saber da Tua vontade. Perdoa-me por muitas vezes, mesmo sem o meu querer, observar superficial o mandamento do amor. Faze-me sempre fiel ao verdadeiro espírito comunitário do meu ser cristão. Amém. AGIR Tome um tempo nesta semana para recordar os 10 Mandamentos e descobrir o entendimento mais profundo de cada um deles. Pe. Adilson Schio, ms
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