DE MARIA RECEBEMOS O AUTOR DA VIDA
entre nós. Por ela nasceu um Salvador, a fim de que nós, filhos deste mundo, pudessemos ser Filhos de Deus: “Por sermos filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abá – ó Pai!” (2ª Leitura, v. 6). Diante de tanta graça, a Mãe de Deus, na simplicidade de vida e na sua total confiança na Palavra anunciada pelo seu Filho, é honrada por todos nós de um modo muito especial. Maria sempre viveu a sua maternidade na fé, é o que nos mostra o Evangelho de hoje ao narrar a visita dos pastores à gruta de Belém, onde encontraram um “recém-nascido deitado numa manjedoura” (Evangelho, v. 16). Ao completar-se o tempo, Maria e José deram-lhe o nome de Jesus, que quer dizer “O Senhor salva”, tal como o anjo havia dito antes de ser concebido (Evangelho, v. 21). Na Primeira Leitura temos o belo texto da antiga bênção que os sacerdotes davam ao povo, revelando a certeza de que o rosto do Senhor é portador de paz para aqueles que se aproximam Dele com um coração sincero. |
LEITURA |
reflete sua ação pastoral com relação àquela que é a base de toda a ação esperançosa da presença do Senhor Jesus no mundo. A Liturgia deste Domingo tem sua centralidade numa só palavra, que deve tornar-se a referência de cada família: O AMOR. As duas leituras e o Evangelho se complementam para dizer que a exigência fundamental que devemos nos colocar é aquela do amor a Deus e do amor aos outros, sobretudo aqueles com quem convivemos em família. O Evangelho nos fala de que o projeto de Deus precisa ter prioridade em nossa vida pois a vida plena nos vem da aceitação absoluta deste projeto. A Segunda Leitura, da Carta de São Paulo aos Colossenses, destaca a dimensão do amor que brota dos gestos de todos aqueles que vivem “em Cristo” (2ª Leitura, v. 14). Na Primeira Leitura temos de forma prática a indicação de algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais, a fim de construir um ambiente na família que seja de respeito, consideração e bondade.
MEDITAÇÃO
O amor por Cristo e no Cristo é o dom maior de Deus que precisa estar presente no coração de todos com quem convivemos em família. Esta afirmação pode ser certa e verdadeira, porém bem sabemos que a sua concretização nem sempre é fácil e possível. Nem sempre se consegue alcançar a graça de formar uma família que se une pelos laços de sangue, bem como pelos laços da fé. Ao encerrar o Sínodo da Família (outubro de 2015), o Papa Francisco disse em sua homilia: “É só o encontro com Jesus que pode dar às pessoas a força para enfrentar as situações mais graves... A isso são chamados os discípulos de Jesus hoje: pôr as pessoas em contato com a Misericórdia compassiva que salva... As situações de miséria e de conflitos são para Deus, ocasião de misericórdia. Hoje é tempo de misericórdia... Peçamos a Jesus um olhar que saiba irradiar luz, sem nos deixarmos ofuscar pelo pessimismo e pelo pecado”. Esta celebração da Sagrada Família deve ser para nós que vivemos em Cristo, momento de revigorar nossa luz no Senhor que, em Deus e com Deus, como diz o Evangelho, crescia em sabedoria, estatura e graça (Evangelho, v. 52). A Festa da Sagrada Família é mais que uma simples festa devocional, é um “mistério da vida de Cristo”. Cristo vive tudo aquilo que é humano e em particular a vida em família. Para aquele que veio anunciado pelos profetas e revelado aos pastores pelos anjos na noite de Natal, a vida em família é a primeira dimensão de sua existência na terra, justamente por este motivo que a Sagrada Família de Nazaré é parte integrante do mistério da encarnação de Jesus que se faz filho também em uma família humana, tornando assim, a Família de Nazaré, no dizer da Igreja, um exemplo para todas as famílias cristãs. A beleza da história contada por Lucas no Evangelho de hoje está justamente em mostrar que a família de Jesus é uma família que se apoia em Deus e que encontra no próprio Deus um sentido sagrado no meio das angústias, tribulações e obscuridades. Ao responder a pergunta de Maria, quando ela e José encontram-se finalmente com Jesus entre os Doutores, no Templo, é de uma profundidade que nos faz pensar: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa do meu Pai?” (Evangelho, v. 49). Para Jesus, as exigências de Deus são fundamentais que ultrapassam qualquer outra exigência. A sua missão, confiada por Deus, será aquela de fazer tudo para anunciar a verdade do Reino, verdade que Jesus começou a conhecer pela graça de Deus revelada na Família de Nazaré. É do seio de uma família que confia, louva e serve ao Senhor Deus que Jesus encontrará as muitas razões de ser plenamente filho de Deus entre nós. É ali, nesta família, que Jesus crescerá em todos os sentidos e alcançará toda a compreensão de sua missão. A família é espaço da verdade de Deus também para todos nós hoje.
ORAÇÃO
Salmo 127: Serão assim abençoados todos os que temem o Senhor. O Senhor te abençoe, cada dia de tua vida.
AGIR
Celebre com fé e alegria a sua família como uma família que se fortalece em Cristo Jesus.
Pe. Adilson Schio, ms
O FILHO DE DEUS SE FEZ UM DE NÓS
LEITURA |
mesma fraternidade. Com os pastores vamos ao encontro do Menino Jesus e O encontraremos nos braços de Maria, sua Mãe e Serva do seu Senhor. Adoremos o nosso Redentor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. O Evangelho da missa deste dia nos vem de João, que nos convida a comtemplar o grande presente de Deus aos homens, feito na pessoa de Jesus Cristo, o Verbo que nos traz luz e vida. Mesmo que muitas vezes a revelação do Cristo encontra rejeição, João nos recorda que acolhê-lo significa ser com ele Filho de Deus. Na Primeira Leitura, tirada do Profeta Isaías, se diz que grande são os mensageiros que anunciam a alegria da paz e que se fazem construtores da paz. Na Segunda Leitura, que é uma espécie de introdução à Carta aos Hebreus, temos uma bela síntese da história da Salvação: da criação à escolha de Abraão, até quando, na plenitude dos tempos, vem o próprio Cristo, verbo de Deus entre nós.
MEDITAÇÃO
Ao iniciarmos a reflexão deste dia de Natal, podemos fazer nossas as palavras de São João Crisóstomo que, meditando a tão grande notícia da revelação do Filho de Deus, escreve: “Não nos resta outra coisa senão rezar, depois de uma revelação assim tão sublime, só nos resta rezar, para que também a nossa vida seja pura, e santo seja o nosso comportamento, porque não servirá para nada conhecer tudo isto se as nossas obras não forem boas”. A graça do conhecimento do nascimento de Jesus vai para além dos momentos de ternura e de encanto que sempre são demonstrados em nossos dias através de belos presépios. A manjedoura, os animais, os anjos, Maria, José e o Menino, todos são partes de uma grande revelação de que a aliança de Deus agora se faz plena e completa, pois é seu Filho muito amado que nasce como salvador no meio de nós. As palavras de São João Crisóstomo recuperam em nós o sentido de compromisso e de comprometimento com os planos de Deus. E o primeiro compromisso é aquele de rezar a Deus para que sejamos também nós dignos de fazermos parte desta nova história, de acolhermos esta nova revelação do Pai, de vivermos na graça da fé, em contemplação e adoração, o mistério de um Deus que ama a tal ponto que vem ao nosso encontro com toda a humildade do seu amor e que se oferta em vida, fazendo-se caminho de salvação. Pois, como diz o Evangelho de hoje, “uma luz brilhou nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. Era a luz da verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.” (Jo 1,5s). João, associando Jesus a todo o plano de Deus, desde a Criação (“no princípio”) nos mostra qual é a verdadeira missão daquele menino que se encontra na manjedoura: sendo a “Palavra” de Deus, que veio habitar entre nós, o Cristo será portador de vida e de luz. Ele vem para comunicar às pessoas a vida em plenitude, ou seja, acender a luz que ilumina o caminho da humanidade, possibilitando-nos encontrar a vida verdadeira, na plenitude da ação de Deus na história, através de seu Filho Jesus. É desta “luz nova” que o mundo precisa e que nós hoje, nesta missa do Natal, pedimos a Deus em preces e orações. Luz para a humanidade, luz para a Igreja, luz da vida para aqueles por quem rezamos e a quem pedimos a graça de Deus, pois sem luz a vida não resiste; sem o Cristo, verbo do Pai, a vida fica sem esperança e sem futuro. Resta-nos pois, rezar, como nos bem lembrou São João Crisóstomo. Hoje nasceu para nós uma luz, um salvador.
ORAÇÃO
Salmo 97: Cantai ao Senhor um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo, alcançaram-lhe a vitória.
AGIR
Transmita a todos a alegria do Natal que você tem em seu coração.
Pe. Adilson Schio, ms
BEM-AVENTURADA AQUELA QUE ACREDITOU
LEITURA |
pois o Senhor está próximo (2º Domingo do Advento); Depois de vivermos a alegria da certeza do Cristo que vem como “Messias” (3º Domingo do Advento), celebramos hoje a boa notícia da “encarnação do verbo” reconhecido por Isabel, na visita de sua prima Maria. Na Primeira Leitura deste Domingo, o Profeta Miquéias profetiza o nascimento do Messias em Belém, a cidade do Rei Davi, pois Deus é sempre fiel à sua promessa. Aos Hebreus, Paulo escreve que Jesus se ofereceu ao Pai para cumprir a sua vontade até o fim. Nesta decisão livre de Jesus está o valor de toda a nossa fé e também a consolação de todos os nossos pecados. “Cristo veio para fazer a vontade do Pai” (2ª Leitura, v. 7).
MEDITAÇÃO
O Evangelho de hoje nos convida a partilharmos com duas mulheres escolhidas por Deus, as alegrias da certeza que nos vem da vinda do Salvador. Maria, que se faz toda serva, para realizar em si a vontade do seu Deus e Senhor e Isabel, que se faz capaz de reconhecer a grandeza de Maria ao acreditar nas promessas daquele que fará dela a “Mãe do Salvador” (Evangelho, v. 43). O Evangelho de hoje nos coloca um exemplo de fé muito simples: que grande graça Deus concedeu a Maria. Mulher de simplicidade e de humildade, cheia de esperança, cuja presença revela a força do Espírito de Deus. A mesma certeza de Isabel deve ser a nossa certeza neste Domingo em que estamos muito próximos de celebrarmos o nascimento de Jesus, o nosso Salvador: “Isabel ficou cheia do Espírito Santo... (v. 41), logo que a saudação chegou aos seus ouvidos...” (v. 44). De fato, Deus usa da voz de Maria para fazer chegar a sua misericórdia e a sua graça a todos nós. Neste tempo de preparação para o Natal, ao ouvirmos e meditarmos este Evangelho, também nós devemos nos sentir como o pequeno João Batista, ainda no ventre de sua mãe, cuja alegria se faz sentir também aos outros, pois o Senhor que virá será por nós. Estamos, mais do que ao início deste tempo do Advento, na espera do Senhor que vem para ser o “Deus conosco”. É significativo o fato que Lucas, o Evangelista de hoje, descreve a cena do encontro de Maria e Isabel, duas gestantes, que louvam a Deus por aquilo que o Senhor realiza em suas vidas. A graça de Deus é sempre grande e torna digna a vida “de quem acreditou nas suas promessas, porque o Todo Poderoso cumprirá o que prometeu” (v. 45). Para Lucas, Maria é modelo de fé e é este o motivo principal pelo qual Isabel a reconhece como feliz: “Bem-aventurada aquela que acreditou”. Maria é bendita não somente pela sua maternidade, mas pela sua plena e total confiança nas promessas a ela confiada pelo Anjo, em nome de Deus. Quando se crê fielmente em Deus, nos tornamos sinais de sua bondade e de sua misericórdia, recordando que o Senhor faz maravilhas através de nós. Para Lucas, Jesus é o Deus que vem ao nosso encontro e que traz consigo uma mensagem de salvação e de esperança, dizendo que aquilo que Deus prometeu aos antepassados, se realizará plenamente nele. É por este motivo que a presença de Jesus na história de vida das pessoas se torna uma presença que gera alegria verdadeira, já que é plena de esperança. Jesus virá e com ele se renovam a certezas de que a justiça, o amor, a paz e a felicidade chegarão para todos como um dom gratuito do Deus da vida. Todos os que anseiam pela realização das promessas de Deus, sentirão a mesma alegria que Isabel sentiu e poderão proclamar por si mesmos que “bendita és tu, Maria, entre todas as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!" (v. 42). O Natal está próximo, recordemos que dizer que Jesus nasce hoje em nosso mundo, significa dizer que renovamos em nossa ação como pessoas de fé, que as promessas do Senhor se realizam em nós e através de nós. Perguntemo-nos então: Nós somos o rosto alegre dos que confiam plenamente nas promessas de Deus? Que a nossa resposta e o nosso testemunho seja sempre “sim, eu confio no meu Deus e meu Senhor”.
ORAÇÃO
Salmo 79: Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos para que sejamos salvos!
AGIR
Nos momentos de espiritualidade pessoal, aproxime-se mais de Maria, aquela que acreditou no seu Senhor.
Pe. Adilson Schio, ms
MESTRE, QUE DEVEMOS FAZER?
Evangelista Lucas no trecho do Evangelho que temos neste 3º Domingo do Advento. Ainda hoje esta pergunta tem sua importância quando nos colocamos diante de Deus e buscamos fazer uma aliança de amizade eterna com Ele. A proposta que João Batista apresenta é simples: mudar de vida e passar de uma mentalidade egoísta para uma abertura de coração capaz de acolher o novo que vem. Esta atitude nos fará abertos para considerar o outro como irmão, alguém com quem podemos partilhar o caminho, a solidariedade e a caridade. São os gestos fraternos que fazem com que as pessoas recuperem a alegria, característica da nossa espera neste tempo de Advento. A tristeza deve dar espaço para a esperançosa alegria, como nos diz o Profeta Sofonias (1ª Leitura), porque o Senhor está pronto para libertar o seu povo. Uma atitude de alegria que ninguém pode nos tirar, como escreve o Apóstolo Paulo (2ªLeitura). O Senhor está próximo, esta é a grande certeza que temos.
MEDITAÇÃO
A Liturgia da Palavra deste 3º Domingo do Advento tem uma clara mensagem de otimismo e de esperança. Parece nos querer dizer que não obstante as nossas dores, as nossas preocupações, os nossos cansaços e as nossas desilusões, nós temos a possibilidade de viver a confiança. Confiar em Deus e nas suas promessas deve ser para todo o povo cristão, a grande certeza que nos traz alegria, ou melhor, que nos faz sermos alegres na graça de Deus. Deus não nos abandonará jamais. Mesmo que em algum momento de nossa vida pessoal nos sentimos fracos na fé, é a certeza da fidelidade de Deus que nos faz recuperar o sentido mais profundo de termos um Deus por nós, porque, como diz Paulo aos Filipenses, “devemos sempre apresentar as nossas necessidades a Ele” (2ª Leitura, v. 6). E assim “a paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento, guardará os nossos corações e o nosso pensamento em Cristo Jesus” (2ª Leitura, v. 7). Esta paz que vem do coração misericordioso de Deus é a fonte de todo bem e de toda a alegria do cristão. O centro do Evangelho de hoje está na pergunta que é formulada a João Batista: “O que devemos fazer?” (v. 12). Este tipo de pergunta aparece muitas vezes no Evangelho de Lucas e também no Livro dos Atos dos Apóstolos. Parece claro que o Evangelista quer nos dizer que esta pergunta, e a sua consequente reflexão, deve ser feita muitas vezes e a cada momento da nossa caminhada rumo ao Reino do Pai. Porém é neste tempo em que esperamos pelo “Senhor que vem” que ela toma um sentido mais profundo e que pode nos levar a conversão de vida. Quem quer seguir o Cristo precisa fazer a si mesmo esta pergunta: “o que eu posso fazer Senhor, para viver ao teu lado e no teu projeto?”. É interessante perceber que ao responder tal pergunta João Batista, mesmo sendo um homem de vida dura e de sacrifícios, não exige nada de extraordinário. Ele reforça uma exigência que se torna profunda porque vai ao centro do nosso testemunho cristão: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso proceder sempre com justiça na nossa relação com o mundo; é preciso renunciar à violência e a prepotência e respeitar o outro na sua dignidade e no seu valor humano. João reafirma aquilo que os profetas já haviam anunciado: conversão, justiça e solidariedade; voltar-se para Deus e para o irmão. O texto do Evangelho termina com a declaração de que “João anunciava a Boa Notícia ao povo de muitos outros modos” (v. 18). Porém, em todos os modos, Ele dizia que a boa notícia é aquela da chegada da misericórdia e da salvação de Deus, que nos vem de forma gratuita, mas que exige resposta decisiva de cada um de nós. Para Lucas a decisão de estar no caminho de Jesus precisa ser renovada sempre. Que neste Domingo possamos levar para nossa vida a mesma alegre certeza que o Profeta Sofonias nos comunica na 1ª Leitura: “O senhor, teu Deus, está no meio de ti, como aquele que te salva. Ele exultará de alegria por ti, movido por amor. Ele exultará por ti, entre louvores, como nos dias de festa” (1ª Leitura, v.17-18a).
ORAÇÃO
Salmo 12: Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo: o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis no manancial da salvação, e direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor”.
AGIR
Compartilhe com alguém da sua comunidade e alegria que lhe vem da experiência de ter fé no Deus Salvador.
Pe. Adilson Schio, ms
EM JESUS PODEMOS VER A SALVAÇÃO PROMETIDA POR DEUS
deste Segundo Domingo do Advento nos oferece uma referência profética que antecipa a ação de João Batista, anunciado no Evangelho. O texto do Livro do Profeta Baruc destina-se a recordar ao povo que está no exílio, qual é o caminho que Deus está fazendo para o retorno do seu povo escolhido. O apelo do Profeta tem eco em João Batista que anuncia um batismo de conversão para o perdão dos pecados (Evangelho), isto é, um rito que abre o coração e predispõe o povo a seguir a estrada da verdadeira salvação de Deus: o Cristo, filho de Deus, é o nosso único salvador. É Jesus que nos traz o esplendor da vida divina. Somente em Jesus cada um de nós poderá ver a salvação de Deus. A Segunda Leitura nos oferece uma bela reflexão: Paulo nos assegura que Deus, “que começou em nós uma boa obra, vai levá-la até o fim” (2ª Leitura, v. 6) para que o nosso “amor cresça sempre mais” (v. 9).
MEDITAÇÃO
A Liturgia da Palavra deste Domingo nos apresenta João Batista, com toda a força de seu anúncio e de seu testemunho. Ele é a ponte de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento. João é a voz que vem antes do Messias para anunciar que o tempo está próximo e que o Cristo está por vir. Há nos textos de hoje um apelo a nós e especialmente para à vida de fé: abrir o coração; ter os ouvidos atentos à palavra que se realizará na sua plenitude e na sua plena promessa e; ter a certeza que o tempo da libertação está por chegar e ele vem com a vinda do Cristo que entra na história da humanidade para transformá-la. É justamente aqui, neste ponto do Cristo que transforma a vida de todos, que podemos fazer a nossa meditação e a nossa experiência de oração em preparação para o Natal. Sempre que acolhemos Jesus em nós, seja no seu nascimento, na sua palavra, na sua revelação, no seu testemunho e na sua presença eucarística ou mística, O acolhemos na certeza de que ele vem para nos transformar. Não podemos dizer que temos o Cristo em nós, ou que ele nasceu para nos salvar, se este fato nada muda a nossa vida, as nossas atitudes, a nossa experiência de Deus e a nossa esperança de um futuro mais intenso nos caminhos do Senhor. Deus vem a nós por Jesus e para que ele esteja plenamente em nosso ser e em nossa agir, é preciso transformar as palavras de João Batista em uma realidade concreta da nossa vida, da Igreja e da realidade que nos cerca. Em meio a um mundo fechado à Boa Nova, Deus envia João Batista como o arauto do tempo da graça e da libertação. Ele é o anunciador da proximidade da vindo do “Filho de Deus”. Refletindo o testemunho deste que, segundo Jesus, é o “maior entre os nascidos de mulher” (cf. Mt 11,11), vemos que Deus não permite que a injustiça e a maldade dominem para sempre a história da humanidade. Deus vem novamente em socorro do seu povo, como sempre o fez no tempo antigo, porém agora vem na pessoa de seu próprio e único Filho. Esta é a mensagem de conforto e de força que todos nós devemos levar conosco deste 2º Domingo do Advento. Como ouvimos no Evangelho, “todas as pessoas verão a salvação de Deus” (Evangelho, v. 6). É por isso que Lucas, o autor do Evangelho de hoje, coloca a missão de João Batista e o seu anúncio de Jesus, dentro da continuidade da história universal, abrindo a narração desta parte do seu Evangelho com várias referências históricas daquele tempo. O Evangelista faz esta escolha para dar destaque a interessante notícia que a salvação é oferecida a toda a humanidade e não somente a alguns. Hoje nossa atenção deve estar voltada ao apelo de conversão e renovação contido nos textos bíblicos proclamados para que não coloquemos nenhum obstáculo à chegada do Senhor, seja na nossa comunidade, seja no nosso coração. Preparemos com profundidade de espírito a vinda do Senhor.
ORAÇÃO
Salmo 125: Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!
AGIR
Faça um esforço para abrir o seu coração a fim de guardar nele a Palavra do Evangelho de hoje.
Pe. Adilson Schio, ms
ABRIR O CORAÇÃO PARA A ESPERANÇA
LEITURA |
chama a uma atitude permanente de “estar” com o Senhor, ficando com ele, vivendo o seu tempo, não fugindo da sua presença e nem tendo medo de seu julgamento. Porém, sempre numa relação fraterna com o Senhor, assumir para a nossa vida os mesmos critérios de discernimento que Ele nos oferece através da esperança que somente Dele pode nos vir. Este é o tempo da promessa, como nos recorda o Profeta Jeremias (1ª Leitura), neste tempo o Senhor cumprirá o que prometeu, fará brotar a semente nova da justiça e fará nascer um povo confiante. Com esta fé podemos assumir aquelas atitudes necessárias para bem viver a nossa preparação para o Natal. O Apóstolo Paulo nos recorda na Carta aos Tessalonicenses (2ª Leitura) que é preciso crescer no amor e “transbordar” sempre mais no mesmo amor do Cristo.
MEDITAÇÃO
Iniciemos este Tempo do Advento na certeza que caminhamos ao encontro do Cristo que virá. Todas as coisas passam, mas só o Cristo, cuja vinda é fruto do amor de Deus, permanece para sempre. Esta é a certeza que deve estar presente em nós neste particular momento da liturgia da Igreja, e que deve alimentar a nossa vida de fé e preparação para celebrarmos o seu nascimento. Este é um tempo de oração com um coração cheio de esperança e aberto aos irmãos. No Tempo do Advento reavivamos o mistério de Cristo refletindo, durante as quatro próximas semanas, a partir do testemunho dos grandes profetas que não nos falam somente de um passado distante, de uma profecia já realizada ou sem atualidade, mas que iluminam o tempo presente e nos sustentam no nosso caminhar ao encontro do “Filho do Homem” que vem para ser o “Emanuel”, o Deus Conosco. Que a voz dos Profetas bíblicos neste tempo litúrgico, faça ressoar em nós a certeza que o Senhor vem; que Ele está perto de nós e que se fará um no meio de nós. Por isso que não nos passe desapercebido o convite de esperarmos a vinda do Daquele vem “com grande poder e glória” (v. 27). Que acolhamos com o coração o convite expresso no Evangelho deste domingo para que recobremos o ânimo e levantemos a cabeça porque “a libertação está próxima” (v. 28). O título que os Evangelhos mais usam para referirem-se a Jesus é o de “Filho do Homem”. Trata-se de um título tirado do Livro do Profeta Daniel e que nos dá o sentido mais profundo da espera daquele que foi prometido. Daniel profetiza dizendo: “Em imagens noturnas eu tive uma visão: entre nuvens do céu vinha alguém como um filho de homem... Foi-lhe dado poder, glória e reino, e todos os povos, nações e línguas o serviram, O seu poder é um poder eterno, que nunca lhe será tirado e o seu reino é tal que jamais será destruído” (Dn 7,13s). O ponto central do nosso texto de hoje é justamente esta mensagem de ânimo, coragem e fé pois a profecia se realizará e aquele será um tempo em que a libertação estará bem próxima. E é por esta confiança que nos vem toda a certeza, mas também a necessidade, de ficar firme e cuidar para não cair, “ficando insensível a toda a ação de Deus por causa das preocupações com as coisas da vida” (v. 34). A mensagem proposta hoje e que devemos acolher com o coração é que Jesus virá e com a sua vinda gloriosa (ontem, hoje e amanhã), cessará o domínio da morte e da injustiça que impede que a vida seja plena para todos e surgirá no seu lugar a graça do mundo novo, onde se viverá plenamente a alegria e felicidade de sermos filhos do mesmo Pai. O 1º Domingo do Advento é tempo oportuno para descobrirmos o caminho da oração como preparação para o Natal e também para fazer desta prática, algo importante e regular em nossa vida. Que possamos rezar assim neste domingo: “Senhor, que o teu Espírito nos mantenha vigilantes, em oração perseverante, para que possamos estar firmes na presença de Jesus, quando ele vier na simplicidade do aconchego do lar de Nazaré, revelando a todos nós a tua infinita misericórdia, Senhor!”
ORAÇÃO
Salmo 24: Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação!
AGIR
Neste 1º Domingo do Advento faça os seus propósitos para bem viver este tempo de preparação para o Natal de Jesus.
Pe. Adilson Schio, ms
Pe. Adilson Schio Ms
Reitor do Santuário
Acompanhe conosco a Liturgia dominical comentada pelo nosso reitor.
Histórico
May 2023
April 2023
March 2023
February 2023
January 2023
December 2022
November 2022
October 2022
August 2022
July 2022
June 2022
May 2022
April 2022
March 2022
January 2022
December 2021
November 2021
October 2021
September 2021
August 2021
July 2021
June 2021
May 2021
April 2021
March 2021
February 2021
January 2021
December 2020
November 2020
October 2020
September 2020
August 2020
July 2020
June 2020
May 2020
April 2020
March 2020
February 2020
January 2020
December 2019
November 2019
October 2019
September 2019
August 2019
July 2019
June 2019
May 2019
April 2019
March 2019
December 2018
November 2018
October 2018
September 2018