FELIZES OS QUE HERDARÃO |
CAMINHAR NA CERTEZA DA LUZ |
MEDITAÇÃO
Um primeiro destaque significativo para a interpretação deste Evangelho é perceber que o texto de Isaías repetido no Evangelho, nos revela algo que era uma verdade fundamental para as Comunidades cristãs do tempo dos Evangelistas (entre os anos 70 e 90 dC): com Jesus o que é escuro torna-se claro, fica iluminado, pois verdadeiramente Jesus é a própria "luz do mundo”.
A primeira iniciativa de Jesus é a de chamar um grupo de discípulos, começando com alguns que pescavam no Lago de Genezaré. Assim Jesus rompe o costume dos rabinos daquele tempo, pois é Ele mesmo, o próprio Jesus, que chama os seus discípulos. Não para serem simplesmente ouvintes de sua pregação, como acontecia na prática rabínica, mas colaboradores da sua missão. Estas diferenças (novidades) da prática de Jesus faz com que as multidões o sigam, buscando Nele aquilo que não encontravam nos mestres oficiais das sinagogas, mas Jesus é muito claro dizendo que seguí-Lo é muito mais do que as multidões imaginavam. Seguir Jesus é “tomar sobre si a sua cruz” (cf. Mt 16,24). É muito interessante observar os detalhes de como Jesus chama os seus primeiros Discípulos. Ele os convida para serem “pescadores de homens”. São duas as principais imagens do ministério missionário no Novo Testamento: pescador e pastor. “Pescador” é alguém que vai à busca do peixe e lança as redes, portanto o ministério é eminentemente missionário, isto é, ir lá onde se encontravam as pessoas e ali “lançar” a mensagem de que o Reino de Deus já era uma realidade que começava a ser construída na prática de Jesus e que deveria ser seguida especialmente pelos seus discípulos, tornando-os também construtores do Reino do Pai. Diz o Evangelho de hoje que os dois primeiros chamados estavam “lançando as redes” e outros dois estavam “consertando as redes”. Assim o Evangelho mostra a dinâmica da vida cristã e nos traz um grande ensinamento de vivência evangélica: há momento e tempo certo para lançar as redes (a ação missionária) e há momento e tempo certo para consertar as redes (cuidar da vida pessoal e espiritual das pessoas e da comunidade). A ação de Jesus não é só fazer para outros, mas é deixar-se fazer em si mesmo, em outras palavras, “consertar-se” a si mesmo para ser totalmente livre seguidor na mão de Deus. É o Deus de Jesus, Pai criador, que chama e que capacita para o desafio da missão. Há, neste Evangelho um convite missionário a todos nós na grande certeza de que seguir os passos de Jesus não é simplesmente andar com Ele para se chegar ao Reino, mas é construir com Ele o Reino prometido pelo Pai na aliança definitiva promovida por Jesus. Nós somos os “pescadores” que lançam as redes e as consertam na perspectiva de a cada “pesca” fazer crescer a certeza de que Deus está presente no meio de nós pois, se antes habitávamos na escuridão “temos agora uma grande luz” a nos conduzir no seguimento e na missão de sermos “pescadores e consertadores de redes” neste mundo.
ORAÇÃO
“Ilumina, Senhor, o teu rosto sobre nós porque o gravaste em nós... Envia o raio da tua sabedoria para dissipar a nossa escuridão, para fazer brilhar a tua imagem em nós e assim podermos ser imagens tuas… Tu, Senhor, acende a minha lâmpada, tu, meu Deus, ilumina a minha escuridão... Pois eu sei que o um raio da tua sabedoria poderá dissipará todas as minhas trevas”. Amém. (Santo Agostinho).
AGIR
Deixe que a luz de Deus ilumine todas as trevas da tua vida, em todos os momentos, sempre na confiança de serdes discípulo(a) do Senhor Jesus.
EIS AQUELE QUE TIRA O PECADO DO MUNDO LEITURA No domingo passado, o Batismo de Jesus nos introduziu no Tempo Comum. O Evangelho de hoje também nos recorda um fato às águas do Rio Jordão. O texto é tirado do Quarto Evangelho, o Evangelho da Comuni-dade do Discípulo Amado. É o início de tudo. Não só da missão de Jesus ou a continuidade da missão de João, mas também a nossa. O Batismo nos faz sermos filhos de Deus, é esta paternidade que nos dá a certeza do grande dom de pertença e da grande responsabilidade de uma missão que |
MEDITAÇÃO
Usando um símbolo muito conhecido dos primeiros judeus-cristãos, João Batista proclama Jesus como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Jesus é o Cordeiro Pascal da Páscoa cristã, que, pela sua morte, acontecida no exato momento em que os cordeiros pascais estavam sendo abatidos no Templo (cf. Jo 19,14), salvou o mundo do pecado, da mesma maneira que o sangue do cordeiro pascal original salvou os israelitas do anjo destruidor (Êx 12,1-13). João Batista assume verdadeiramente a sua missão de preceder o Messias, pregando um batismo de penitência. João é um homem que se deixa guiar pelo Espírito, pois com uma fé única e de confiança, vai vendo e lendo os sinais de Deus que aconteciam em torno de si. É assim que ele reconhece naquele homem que chegava para perto de si, o Cordeiro de Deus. Na fidelidade à própria missão, que passa pelas coisas simples da vida, João é capaz de profetizar e de ver a presença de Deus e de seu projeto nos passos de Jesus. Se na cena do Batismo a confirmação da missão de Jesus vem da voz que saia da nuvem, na palavra de João também o povo confirma que Jesus, o Messias, é o que vem para livrar a todos do peso do pecado. Como diz Isaias na Primeira Leitura, um misterioso “Servo” foi escolhido por Deus, desde o seio materno, com a missão de dar testemunho da Salvação oferecida pelo próprio Deus a todas as nações: “Vou fazer de ti a Luz das Nações para que a minha salvação chegue até os confins da terra” (Is 49,6). Nós também somos profetas em virtude de nosso batismo. Somos chamados a reconhecer em nossa história de fé os sinais de Deus sempre presentes pois é sempre Deus que vem ao nosso encontro (cf. Jo 1,29). A beleza do ensinamento deste Evangelho esta em compreendermos o quanto o papel de cada batizado é importante e não pode ser substituído, cada um de nós tem uma missão ligada à mesma missão de Jesus. O caminho espiritual percorrido por João Batista, para chegar à descoberta do Cordeiro, é o mesmo que todos nós devemos percorrer em busca das certezas da nossa fé. João é verdadeiro e sua verdade a cerca de Jesus o faz convicto de sua missão. “Eu vi e dou o meu testemunho...”. Justamente será a incapacidade de dar testemunho do Messias, a origem do todo o pecado no entendimento de João, o Evangelista. O Cordeiro que vem para tirar o pecado precisa ser reconhecido e aceito por todos aqueles que ainda acreditam nas promessas de Deus e na aliança que se renova definitivamente em Jesus. Esta é a missão de todo cristão: preparar o caminho do Senhor e o encontro do homem com Deus. Como diz o Salmo Responsorial, “Esperei ansiosamente por Deus. Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu grito... Ele colocou meus pés sobre a rocha e firmou os meus passos”.
ORAÇÃO
Senhor, que se cumpra em nós a plenitude de tua palavra. Que saibamos reconhecer nossa missão no mundo de hoje, assumindo especialmente o compromisso de promover a vida em plenitude no encontro de todas as pessoas de fé, com os ensinamentos de Jesus. Amém.
AGIR
Alegre o seu coração pois Aquele que veio da parte de Deus é o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
Pe. Adilson Schio Ms
Reitor do Santuário
Acompanhe conosco a Liturgia dominical comentada pelo nosso reitor.
Histórico
May 2023
April 2023
March 2023
February 2023
January 2023
December 2022
November 2022
October 2022
August 2022
July 2022
June 2022
May 2022
April 2022
March 2022
January 2022
December 2021
November 2021
October 2021
September 2021
August 2021
July 2021
June 2021
May 2021
April 2021
March 2021
February 2021
January 2021
December 2020
November 2020
October 2020
September 2020
August 2020
July 2020
June 2020
May 2020
April 2020
March 2020
February 2020
January 2020
December 2019
November 2019
October 2019
September 2019
August 2019
July 2019
June 2019
May 2019
April 2019
March 2019
December 2018
November 2018
October 2018
September 2018