O HOMEM JUSTO
simplesmente super-ficial, como era do Rei Acaz, contada na primeira leitura. Será o próprio Deus a revelar sua vontade salvífica através do “Emanuel”. Na encarnação, Deus revela, em senso autêntico, a Palavra dos Profetas e o significado da antiga aliança, mostrando o caminho da justiça e da verdade em Cristo, o Deus conosco, redentor de toda a humanidade. MEDITAÇÃO José é um homem de sonho e de obediência. O justo que Deus acolhe e que acolhe a vontade de Deus. Esta apresentação de José a partir do Evangelho deste Quarto Domingo do Advento é a mais bela descrição deste homem que também foi instrumento de salvação. Recentemente o Papa Francisco, reconhecendo a importante deste homem simples, acrescentou na oração da missa, quando se faz memória dos profetas, dos santos e de Maria, a citação: “e São José, seu esposo”. No sono noturno o homem não pode agir, volta-se a si mesmo, mas é próprio este o momento que Deus escolhe para revelar a sua vontade, comunicando-a em modo misterioso aos seus amigos, como nos recorda o Salmo: “É inútil que vocês madruguem e se atrasem para deitar, para comer o pão com duros trabalhos: aos seus amigos o Senhor o dá enquanto dormem” (Salmo 172,2). Deus toma a iniciativa e revela na noite, ao seu predileto, a sua verdade. Como aconteceu com José, filho de Jacó, também José, esposo de Maria, recebe no sonho a revelação de Deus. O que é marcante, porém, é a prontidão da sua resposta. A obediência de José à Palavra de Deus, diz o escrito de Mateus, é imediata. José reconhece a mensagem divina simplesmente porque o justo vive uma relação de proximidade com Deus. O coração de José está sempre aberto a Deus, pronto a acolher a sua Palavra e a vive-la mesmo se ela signifique mudança de pensamento, aceitação plena e novo caminho. Tal como na anunciação Maria se oferece ao Senhor como “serva” ao dizer com plena confiança “Aqui estou”, assim também José não hesita em mudar os seus projetos, em dissipar as suas dúvidas, e encher de ânimo seu coração à luz da graça e da vontade de Deus. Apenas ele se acorda de seu sono, prontamente age, mesmo se não compreende tudo, mesmo se é chamado a fazer aquilo que lhe parece em contradição com o seu pensamento. Assim é a nossa vida em Deus, as vezes pensamos de um jeito e Deus dispõe de outro. José aceita a novidade do Projeto de Deus e com simplicidade responde com sua vida. No “Magnificat”, o canto de Maria, ela recorda que o Senhor “dispersa os que no coração tem pensamentos soberbos” mas “exalta os humildes”. É justamente isso que acontece com José, o justo. O texto de hoje nos dá o verdadeiro motivo da alegria do Natal - não porque é festa de presentes e festividades, mas porque recordamos (fazemos passar de novo pelo coração) a verdadeira Boa-Nova: Jesus é o "Emanuel", o Deus-Conosco, aquele que veio para nos salvar. Ele será a encarnação da bondade e de amor gratuito de Deus por nós. ORAÇÃO Ó Senhor da graça e da misericórdia, hoje eu te peço a humildade para que eu possa escutar e seguir a Tua Palavra com toda a força da minha vida. Que o meu coração se deixe modificar pela Tua vontade e assim a minha fé possa dar frutos, iluminando o mundo com a alegria do Teu Evangelho. Amém. AGIR Busque viver sempre com fidelidade e alegria na Igreja, mesmo que as vezes isso possa parecer difícil. Pe. Adilson Schio, ms
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Pe. Adilson Schio Ms
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