SÓ COM AMOR É POSÍVEL VER.
nasce de Jesus. A Segunda Leitura relata o testemunho de Paulo que diz ser o batismo a forma de estarmos em comunhão com o Cristo Ressuscitado, e que deste batismo deriva algumas exigências que se tornam testemunho pelas obras que os batizados realizam. O Evangelho descreve a atitude da Comunidade dos seguidores e das seguidoras de Jesus diante da ressurreição. MEDITAÇÃO Hoje renasce o canto da Beleza do Amor, a vida se faz vitoriosa contra cada lógica de morte que percebemos no mundo. Como diz a Sequência que se proclama antes da aclamação do Evangelho: “O Senhor da vida estava morto, mas agora, vivo, triunfa”. Páscoa é um chamado a reerguer-se na certeza de que a esperança da vida se renova também em nós, no nosso coração e por meio de nós, na vida da comunidade cristã. Na Páscoa vemos esperança que só o amor é capaz de ver. A vida venceu e Jesus Ressuscitado é luz para todos. O Evangelho é de uma beleza literária interessante e também tem um belo conteúdo de espiritualidade a partir das atitudes dos seus diversos personagens. Maria Madalena, Pedro e o Discípulo Amado correm em direção ao túmulo de Jesus porque eles precisam de luz. Eles não esperam pela ressurreição. A cruz era o fim da esperança, a desilusão jamais esperada. E tudo isso estava acontecendo pela traição de um dos Doze. Não é difícil de imaginar que o ambiente entre os mais próximos de Jesus, na manhã daquele domingo, não era nada agradável e a “escuridão” com relação às novas perspectivas teimava em não se dissipar. É ai que chega Maria e as mulheres com a notícia de que o túmulo estava vazio. É bela a expressão contida nos relatos dos Evangelhos que diz que não devemos procurar entre os mortos aquele que está vivo. Nossa fé na ressurreição não se fundamenta no túmulo vazio pois lá restam apenas as “faixas de linho no chão”, nossa fé tem sua razão nos caminhos que levam à vida e para os quais Cristo nos convoca como comunidade dos que acreditam na vitória da cruz. Qual a nossa atitude diante da Ressurreição? Confusão, angústia, medo, incerteza, dúvida... As mulheres vão ao sepulcro e ficam confusas. Pedro e João vão ao sepulcro e são capazes de ler os sinais: “ele entrou, viu e acreditou”. Só quem olha com os olhos do coração é capaz de penetrar e ver para além das aparências. Na ressurreição de Jesus a vida se enche da certeza da eternidade. É por isso que hoje celebramos a esperança da vida eterna. É preciso enxergar a Vida (que é Jesus) em nossa vida, e só o amor é capaz de nos fazer ver o que é invisível aos olhos. Só a fé pode nos fazer acreditar naquilo que a muitos é inacreditável. Só vencendo o medo se pode encontrar com Jesus vivo e presente no meio dos seus. Este é o sentido da Páscoa: ver com os olhos do amor a vida que ressurge no Filho, pela fidelidade ao Pai. São João, na sua primeira carta, nos dá o verdadeiro entendimento do que consiste o amor: “O amor consiste no seguinte: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou, e nos enviou o seu Filho como vítima expiatória por nossos pecados. Se Deus nos amou a tal ponto, também nós devemos amar-nos uns aos outros” (1Jo 4, 10-11). A Páscoa não começa com uma notícia de pura alegria, mas com uma experiência que exige fé e amor em meio a lembrança da promessa feita pelo Messias. É isso que precisamos dizer ao mundo: Cristo ressuscitou e está vivo no meio de nós. ORAÇÃO “Diga-nos, tu Maria: Que viste pelo caminho? Vi o túmulo de Cristo vivo e a glória do Ressuscitado. Vi os anjos como suas testemunhas; vi o sudário e os lençóis. O Cristo ressuscitado é a nossa esperança: Ele vai adiante e nos precede na Galileia.” (Sequência da Missa do Domingo da Páscoa). AGIR Alimente sua fé na Comunidade, é lá que você encontrará o Cristo Ressuscitado. Pe. Adilson Schio, ms
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