no silêncio e com o altar sem as tradicionais toalhas e candelabros. Ele só será preparado com uma toalha simples e com as velas quando chegar a hora da comunhão, terminado este momento o altar ficará novamente descoberto. A cruz assume lugar de destaque tornando presente todas as dores e o sacrifício de Cristo e de inúmeros cristãos que como Ele, morreram pela fé. Os atos litúrgicos deste dia se realizam em três momentos: A Liturgia da Palavra; a Adoração da Cruz e a Comunhão Eucarística. O silêncio e a oração são, portanto, dois aspectos importantes desta Celebração. Neste dia não há rito de bênção e de envio, pois cada participante é convidado a permanecer em oração meditando a Paixão e Morte do Senhor até que, após a solene Vigília Pascal se celebre a vitória da vida na Ressurreição do Senhor. MEDITAÇÃO Nossa meditação de hoje começa justamente com o primeiro ato litúrgico deste dia. Após prostrar-se e rezar em silêncio, o Padre ou o Ministro, proclama à comunidade esta profunda oração que nos faz refletir nos mistérios da graça de Deus que faz seu Filho único morrer pela salvação de todos. Assim se reza: “Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos, pela natureza, a imagem do homem terreno, possamos trazer, pela graça, a imagem do homem novo”. A beleza desta oração está no significado daquilo que a “morte de um só pode trazer à toda a humanidade” (cf. Carta de São Paulo aos Romanos 5,12), isto é, a possibilidade de sermos semelhantes a Cristo por nos deixarmos transformar em “homens novos”. É encorajador para nossa vida cotidiana saber que Deus tem o propósito de nos fazer semelhantes a seu Filho na capacidade de amar, de nos doarmos e de nos fazermos presentes na vida das pessoas. O propósito de Deus é que sejamos imagem sua, a semelhança de seu Cristo que se entregou inteiramente por nós. Deixemos que as leituras e o Evangelho deste dia provoque em nós esta inquietude à medida que a Liturgia da Palavra nos revela a força que tem o pecado, ao mesmo tempo que nos mostra a grandiosidade da graça e da misericórdia. O Livro do Gênesis nos mostra que desde o início da nossa história o pecado entrou no mundo e com o pecado veio também a morte de toda a esperança, de toda a alegria, de toda a vida e de toda a possibilidade de viver aqui na terra o “paraíso terrestre”. Mas, é justamente na plenitude dos tempos que Deus nos envio seu Filho escolhido que, assumindo a natureza humana, se fez um como nós e nos deu a possibilidade da salvação “fazendo-se obediente até a morte, morte de cruz, tornando-se causa de salvação eterna” (cf. Carta de São Paulo aos Hebreu 4,9). Nosso Deus é de infinita misericórdia a tal ponto que, tendo compaixão de nós e com um gesto de amor igualmente infinito, nos libertou de nossos pecados. Este é o dia em que “foi imolado o Cristo, nossa Páscoa”, nossa libertação (1Cor 5,7). Rezemos esta graça com o Salmo Responsorial deste dia: “Junto de ti, ó Senhor, eu me abrigo, não tenha eu de que me envergonhar; por tua justiça me salva e teu ouvido ouça o meu grito: “Vem logo libertar-me!”. Sê para mim um rochedo firme e forte, uma muralha que sempre me proteja; por tua honra, Senhor, vem conduzir-me, vem desatar-me, és minha fortaleza. Em tuas mãos eu entrego o meu espírito, ó Senhor Deus, és Tu quem me vai salvar-me; tu não suportas quem serve falsos deuses. Somente em ti, ó Senhor, vou confiar!”. ORAÇÃO Salmo 30 – Eu me entrego, Senhor, em tuas mãos e espero pela tua salvação. AGIR Deixe que as palavras do Salmo Responsorial que você leu acima, sejam gravadas no seu pensamento e no seu coração. Pe. Adilson Schio, ms
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