para uma vida nova no Cristo ressuscitado. A Igreja ainda hoje convida os seus fiéis para celebrarem em vigília esta solenidade que é a mais importante e central do ano litúrgico. A celebração desta noite começa com todas as luzes do templo apagadas e em um lugar propício se prepara o fogo em torno do qual o povo se reúne. Neste “fogo novo” o sacerdote acende o Círio Pascal dizendo: “A luz do Cristo que ressuscita glorioso disperse todas as trevas do nosso coração e da nossa mente”. Com estas palavras se começa a celebração deste dia que se divide em quatro grandes partes: 1) a liturgia da luz; 2) a liturgia da Palavra; 3) a liturgia batismal; 4) a liturgia eucarística. MEDITAÇÃO Tudo é espera. Uma espera vigilante. Estamos na noite da Vigília Pascal. Noite de oração e de esperança. Noite de meditação e de expectativa. Noite de deixar-se transformar desde dentro pela certeza de que a vida vence a morte e por isso podemos acreditar na vida nova que nos vem do Cristo. A celebração da Vigília Pascal é a noite santa na qual renascemos do pecado e da morte. É nesta noite memorável que celebramos a vitória da luz, a vitória da libertação da opressão do mal e da injustiça, é nesta noite memorável que se instaura a grande e eterna Páscoa: “Noite mil vezes feliz, noite clara como o dia, na luz do Cristo glorioso, exultemos de alegria” (Proclamação da Páscoa, Exulte). É na beleza desta atmosfera de esperança e vida que renovamos nossas promessas batismais e onde nos falam alto os símbolos da vida: o fogo, a luz, a água, o óleo, o pão e o vinho. Todos celebrados na alegria da comunidade que “sente” o Cristo vivo em seu meio e O celebra nos cantos, no branco da cor litúrgica deste dia e nas flores que enfeitam o espaço da celebração onde a memória da ressurreição celebrada nesta noite será recordada e renovada a cada novo domingo do ano. E nós, comunidade cristã inundada na esperança, vivemos com o Cristo este momento porque queremos também nós fazer Páscoa em nossa vida. Queremos ressuscitar com Jesus. Não queremos simplesmente “assistir” a sua ressurreição, mas queremos acolher em nós esta nova vida que nos “renovar” na certeza que celebramos hoje a maior de todas as graças: renascer para a vida eterna. Jesus não morre e não ressuscita somente para fazer ver que ele tem todos os poderes em suas mãos, ao contrário, Ele se doa, se entrega na sua morte e a sua ressurreição, para “alcançar” a sua vitória a todos nós. Na luz da Páscoa de Jesus podemos refletir em três atitudes que devemos ter para vivermos na profundidade da fé, este momento e este mistério da Ressurreição do Senhor: 1) Devemos nos deixar amar, por este Deus que se faz tão próximo de nós, que faz de nós a sua escolha mais profunda a ponto de tudo fazer para que a vida plena se faça plenitude em nós. 2) Devemos nos deixar salvar por este Deus que nos “levanta” sempre que precisamos, que nos faz forte sempre que necessitamos, que nos dá vida sempre quando achamos que tudo é morte e portanto chegamos perto do fim. Deixarmo-nos salvar por este Deus que realmente nos salva por ser misericórdia e bondade, luz e esperança, força e coragem... 3) Devemos nos deixar transformar, por este Deus que não nos quer escravos, mas homens e mulheres livres, homens e mulheres da luz e de luz, homens e mulheres dispostos a construírem com seu coração transformado, o Reino tão sonhado. Cristo ressuscita, e com isso também para nós há uma possibilidade de “vida para sempre”. Sejamos profetas da ressurreição de Jesus, isto é, aqueles que revelam ao mundo que nem a morte, nem a dor, nem o mal podem conter o imenso amor que Deus tem por nós. Sintamos a vida que vem até nós com o Cristo Ressuscitado, luz eterna neste mundo ainda de trevas. ORAÇÃO Salmo 103 – Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e esplendor vos revestis e de luz vos envolveis como num manto. Bendize, ó minha alma, ao Senhor! AGIR Deixe que a luz nova da vida em Cristo entre dentro de você. Pe. Adilson Schio, ms
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