e suas atitudes fazem com que muitos creiam nele. Na Primeira Leitura temos o “Decálogo”, as dez palavras ou mandamentos que se constituem no caminho que nos leva a Deus e nos aproxima dos irmãos. Três mandamentos nos fazem fiéis à aliança com Deus e os outros sete nos indicam a justa relação que devemos ter com o próximo. Na Carta de Paulo aos Coríntios, vemos a grande afirmação do Apóstolo que se torna fundamento para a nossa fé: “Cristo é poder e sabedoria de Deus” (v. 24). Ele vem do Pai para nos fazer irmãos uns dos outros. MEDITAÇÃO Neste tempo de Quaresma, temos hoje os mandamentos de Deus. A nossa conversão quaresmal pode encontrar na Primeira Leitura de hoje um caminho para a reflexão e o exame de consciência. Somos convidados a viver de maneira justa e verdadeira diante de Deus e de nossos irmãos e assim nos prepararmos para celebrar com Jesus a Páscoa da sua ressurreição. A frase central de Jesus no Evangelho é óbvia e clara: Jesus estava falando do seu corpo e não do Templo de pedra que Ele tinha diante dos olhos ao expulsar dali aqueles que comercializavam a religião e os preceitos religiosos. Mas se para nós a resposta é obvia, não o foi para as pessoas daquela época que, segundo o Evangelho, só foram compreender plenamente aquilo que Jesus havia falado, depois da sua ressurreição (v. 22). Jesus faz alusão ao seu próprio corpo, templo definitivo e sinal eterno da aliança de Deus. A atuação libertadora de Jesus é aquela de revelar o verdadeiro rosto de Deus. Jesus veio para mostrar quem é verdadeiramente o Pai e o Evangelista João, o mesmo do Evangelho deste domingo, diz em outra passagem do seu Evangelho que quem vê Jesus vê o Pai, porque Jesus e o Pai são um. Mas qual é o rosto do Pai que Jesus vem revelar e que foi escondido do povo do seu tempo? Ao demonstrar que a religião praticada no Templo se tornou vazia e misturada com os interesses de alguns, Jesus mostra que o Deus verdadeiro, aquele da aliança; o Deus da história da libertação do povo; o Deus dos mandamentos; o Deus da justiça anunciado pelos profetas; o Deus da Bíblia, este Deus é amoroso e misericordioso para com todos e suas palavras são “mais doce do que mel, do que o mel mais puro” (cf. Salmo Responsorial). Esse Deus foi substituído pelo comércio, pelo dinheiro, pelas ofertas, pelo descaso com a Casa do Senhor. Jesus não somente faz uma revelação de que a religião do interesse não é a verdadeira adoração a Deus, mas também apresenta a todos uma mudança que se faz necessária, uma conversão. É preciso acolher Deus no coração e encontrá-lo no próprio Jesus encarnado. O primeiro lugar da expressão religiosa da nossa fé é em nós mesmos, em nossas atitudes, no jeito com que vivemos a religião, em nossa união com os irmãos para formar a comunidade daqueles que vivem como “filhos do mesmo Pai”. A Igreja é assim a união de todos, pela fé, no seguimento visível de Jesus, o “corpo reconstruído de Deus”, gerador de vida para todos, na páscoa da ressurreição. ORAÇÃO Salmo 18: Senhor, tu tens palavras de vida eterna. Os teus preceitos são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz. AGIR Lembre-se de que a Quaresma é tempo de oração, penitencia e caridade. Pe. Adilson Schio, ms
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